terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Por sempre saudade

Foto: Erllen Nadine

'' Não sei, se já fomos irmãs em outras vidas.
Ou, se te encontrei no tempo que passeava por saturno.
Só sei dizer, que a ligação que tinhamos era algo surreal.''


Queria escrever, mandar carta, fazer soneto pra declarar o meu encanto.  Era o único jeito meio sem jeito, que a distância me deixava chegar mais perto do teu abraço. Seu signo não me dizia muito, mas o que colocava dentro daquelas entrelinhas sim. 

Enxergava você: meio coração feroz, inconstante, dias sol mais  sem duvida preferia as noites de blues. Nos dias nublados o seu coração te trazia bem perto, porque suas palavras sempre foram feito canção rara que acalentava as minhas amargas madrugadas.

Na minha cabeça meio turva, você veio feito anjo sem dono inspirando os poetas já quase mortos pela solidão. Colei seus textos soltos pela casa inteira, quero que todo mundo saiba que a poesia ainda cresce viva no peito de muita alma nova. 

Nos tempos de chuva lembro de você e sorrio porque o inverno é o nosso lar.


domingo, 13 de novembro de 2011

Seu amor cortês

                                 Clara e Márcio Parte IV - (des)encontros

Perdidos naquela livraria deserta de amor, seus olhares se beijaram. Sem trocar mais nenhuma promessa, seus corpos se entregavam em meio a tantos versos, suspiravam uma saudade quase esquecida pra cidade inteira ouvir.

(...)

- Você é de touro?

- Sou de Vênus. E você de Júpiter?

-Sou de leão;

- É o meu inferno astral;

- E só por isso te quero ainda mais.

Foram ás últimas palavras que disseram antes de deixar que aquela paixão inacabada de novembro ardesse feito brasa dentro deles.

Clara se mudou durante noites para a casa de Marcio. Ficavam horas preso um ao outro tentando apagar um passado cheio de magoas. Descobriram juntos cada detalhe mais ambíguo um do outro. E não cessavam de se ter, a cada nova madrugava o desejo os possuía ainda mais feroz. Pedindo, implorando entre beijos e sussurros para aquela eternidade permanecer ali.

Eram o avesso um do outro (...)

Só que em meio á tantos desencontros, Clara havia se tornado uma mulher dura demais para se deixar ser tocada outra vez. Foi embora deixando um bilhete escrito com as letras todas tremulas no verso de um disco de vinil.


‘’ Deixo-te apenas, minha lembrança viva impregnada em teu corpo por inteiro;
E te levo feito filme sem reprise, preso em minha mente. ‘’
                                                                         
                                                                                  Cem carinho, cem saudade;
                                                                                                      Ana Clara.

sábado, 22 de outubro de 2011

Me aquece, me inflama

Que essa poesia que hoje tenho viva nunca me falte.



Sentada no canto da sala, lia seus textos de acalentar a alma. No conjunto ouvia veneno sem pausa se quer pra respirar. Do meu lado todas as cartas que meu amado já escreveu, do oposto todos os seus outros livros lidos e relidos. Poesia lírica espalhada pela casa inteira, coração cantando vitrines e em meio o corpo ia se despindo todo por inteiro. Chorava se ouvia sentimental, sem nenhum pudor. Com a ponta do batom rabiscava sua literatura viva no meu espelho; Retrato em branco e preto. Pra incomodar a vizinhança ouvia vermelho sem me cansar. Escândalo nunca faltou na vitrola, repetia dezenas de vezes o disco só se for a dois. Sua poesia irônica escarrava nas noites de frio e nos bares da cidade dançava feito louca suas juras de madrugada. 


'' Quero minha vida estampada nos outdoors da Rua Augusta.
E essa minha musica assim falada, entrelaçada em teus ouvidos.''


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Devaneio


Do lado oposto da rua, sabia que de olhos fechados acompanhava todos os meus passos. Fuga menor no meio de tantas. Via seu rosto em todos os pontos da cidade, sem esforço enxergava teu nome em todos os versos de cartão postal. Na busca dos meus desejos mais infames te encontrava preso a minha roupa. O som da casa ao lado, tocava o devaneio que foi o nosso transe. Se habilitou de mim dentre todos os compassos. Espalhei versos soltos pelo muro da cidade. Loucura ou poesia; Quem sabia decifrar?


'' Passava o dia inteiro relendo suas cartas e dormia rezando a Deus pra te esquecer.''

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sorri-so morto


            Clara - Parte III


No dia seguinte, acordou suspirando; Comprou flores, novos vestidos com cores mais vivas. Porque era assim que ela se sentia por dentro, viva. Esperou que a noite chegasse pra voltar ao antigo encontro, precisava desesperadamente encontra aquele moço, seu corpo dizia – preciso dele, preciso agora, preciso aqui do meu lado direito. Levou mais de três horas para se aprontar, todos os homens daquela cidade podiam até não notar seu novo corte de cabelo e seu jeito de andar pra enfeitiçar, mas aquele cara precisava vê-la só ele.

Voltou para o bar e deu de cara com ele. Ouvio alguém chama-lo, seu nome era Marcio. Sorrio e quase chorou ao mesmo minuto; Tinha visto ele agarrado a outro corpo que não era o seu e isso doeu, tentou se aproximar, mas o assunto entre os dois parecia estar quente demais para ele olhar a dama da noite passada na mesa ao lado. Saiu daquele lugar jurando nunca mais voltar.

Já era madrugada e a primavera tinha chegado pra Clara, com suas flores todas murchas. Percorreu todos os bares daquela cidade, procurando algo que ela não sabia o que era. Beijou outros caras e achou todos com gosto de fruta podre. Na sua mente apaixonada ele já era dela e não podia ser do mundo.




'' Queria descansar; Descansar em alguém que nunca na vida encontrou. ''








terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vermelho


 Foto:Shirlene Andrade


No sonho você era puro vermelho e a dança parecia te reverenciar. No devaneio da fantasia, loucura talvez; Você me contou de como o inverno queria te pulsar, expulsar; Colocava ali naquele minuto tudo que guardava de maças estragadas, morangos apodrecidos tudo ainda se perdia por dentro. Parecia querer me abraçar sem tocar, agarrar o mundo sem pedir ajuda. Passou do meu lado esquerdo, voltou pelo mesmo sem me olhar nos olhos. Se sentia pertubada, consequentemente alguma coisa ali te incomodava. Voltou novamente parou em frente ao espelho; Tirou da bolsa um batom,se pintou e só naquele momento sorrio se olhando, me olhando. Puxou do peito uma frase, havia lembrando o que outrora te trouxe ali:

'' Não deixe, não deixe que o inverno de setembro acabe. Algo falta, andava faltando. ''


  Foi tão irreal e nunca me sumio.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eternamente



Acesa, aceso - vasto, vivo.
                                                

 O que escrevia era pra tocar na alma e abraçar o corpo inteiro até cessar o frio; Sentia mais que qualquer outro ser. E sabia falar de amores com tal facilidade que não se encontrava em ninguém mais.


'' Gostava de cantar lendo suas cartas, aquelas palavras me soavam como canções. Juro que chorava e era quase sempre quando me contava de outros verões,dos morangos, das vezes que deixou a primavera adentrar; Dos girassóis e de como todos os seus invernos foram quentes de queimar; Dos (des)amores dizia nunca esquecer; Das paixões inacabadas guardava o bilhetinho azul e uma saudade fugaz engolida sem esforço junto com a fumaça do cigarro  toda madrugada.''

Viveu de desejo;
Trocou o amargo pelos sete doces; 
Desiludiu a ilusão e virou cúmplice dos apaixonados.
Jogava o bonito de dentro na cara dos amantes;
E nunca respirou sem amar. 


Adorava do rock ao blues. E escrevia querendo te chamar pra vida.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Se doar se doer

Pintou o coração de magoa e se fechou.


Eu quero é me embriagar dorme noites a fora no banquinho da rodovia só pra esquecer teu sobrenome. Cansei do não-amor, dessa estranha forma de se doar se doer. Queimei todas as cartas falsas juntos com o nó da saudade; Mentiras concretas não me convencem mais e o vazio do desamor é muito doce pra mim. Que o peito permaneça amargo por vários meses; Até eu me esquecer de lembrar porque se deve esquecer. Por enquanto; Era madrugada e ainda te lembrava com fervor.



'' Falar mal de você na mesa mais esquecida; Daquele canto mais escuro e cheio de moscas, no bar mais vagabundo do mais brega dos subúrbios. ''
(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dói, dói até o respirar


                          '' Se me lembro do mar, me vem teu nome.''       



Me calei, engoli o choro e forcei um sorriso quase desesperador. Vi o barulho da noite amanhecer agarrada comigo. Aumentei o ruido do som, queria não ouvir aquele grito-impossível.

Era um pranto e repetia: ‘’Dói, dói até o respirar. ‘’ Se olhou no espelho cara amassada, maquiagem borrada, reparou no lado esquerdo faltava você mania de todas as minhas horas. Faltava e iria continuar faltando, havia indo embora e não deixou de lembrança nem o velho adeus.

Da janela do sétimo andar o cheiro do seu cabelo ainda me enlouquecia. Talvez o esquecimento jamais me venha e você fique em mim feito amor que nunca sara.

Te amei por um tempo infinito. Guarde isso.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Não me desperte



                                                          Clara-Parte II

‘’ Senta aqui do meu lado, faz um frio por dentro que só você aquece. ‘’

Foram as primeiras palavras de Clara. Ela havia o conhecido  naquela noite, mais seu olhar era forte demais pra deixar que escapasse entre os dedos. Passaram a noite inteira rodopiando pelo salão, naquele momento todo o buraco que se escondia dentro do seu peito  havia sido preenchido por aquele cara  desconhecido. Não sabia seu nome muito menos endereço ou qualquer coisa que pudesse te ligar a ele, nada mais que o beijo de despedida que lhe foi dado e que ela nunca mais esqueceu.

Entrou em casa de cabeça erguida pela porta da frente como a tempos não fazia. Deu um sorriso de leve e até cantou. Esqueceu o que era magoa e só naquele noite percebeu como o céu ainda brilhava.

I 


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Passado ligado



 
Tudo cheirava a passado e até a vodca tinha o gosto azedo do teu beijo.

O telefone tocou as duas da madrugada e eu já sabia quem seria do outro lado da linha, hesitei em levantar da cama deixei que tocasse duas, cinco dez vezes. Talvez o passado achasse que eu estivesse em um sono profundo ou então que eu estivesse naquele exato dia decidido passar a noite nas ruas, dedicando meus versos sujos aos bares da cidade. Mas o telefone não parou, não parava. Decidir atender e acabar de vez com esse laço entre o pesadelo e a realidade.

- (Silêncio)
  
Atende e só conseguir ouvir uma respiração rápida demais e mais nada. Tentei voltar a dormir não conseguir. Aquela ligação tinha me despertado de todos os sonos, enquanto aquele telefone não tocasse de novo não conseguiria dormir e eu sabia que ele tocaria. E tocou.

- (Silêncio)
- Desculpe-me á hora é que meu coração demorou pra acorda. Um mês e meio sem você e já estou pensando até em suicídio. Ando com o corpo todo congelado pela falta do teu. Por favor, peço que não demore a regressar. Eu virei alguém que eu não reconheço sem você. Perdoe as minhas falhas, reescrevas as minhas cartas, retome o nosso amor.
- (...)

Não disse nada nos poucos minutos que a ligação levou, desliguei o telefone antes mesmo que aquele passado se despedisse. Meu peito ainda andava muito amargurado e acredito que nunca perdoaria nada, nem o mínimo. O ridículo de toda situação é que ainda nutria algo, porque aquelas palavras me fizeram fraquejar por um instante. Desliguei, mais tinha tanto o que dizer. E foi melhor assim, precisava arranjar um jeito de cuspir esse sentimento.

Não podia mais continuar, naquela casa. O quarto me lembrava algo que precisava esquecer e os moveis ainda tinha um sorriso meio tosco. Decidir mudar de cidade e até os discos prediletos joguei fora. Só não conseguir mudar de coração, tirar o gosto de saudade adormecida que ele deixava na boca. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pra guarda o meu querer

 Foto: Carolina Pereira
Ouça: Creep

Seu signo de leão não fazia par com o meu, ainda assim eu ousava em te querer. Atropelou-me feito veiculo sem freio esse gosto de coisa fugaz. Talvez fosse só fantasia de estação que dá em um mês e no outro passa. Talvez fosse e eu não queria que fosse – só desejo.

 Possuía gostos que me atraiam, outros eu admirava. Fotografia era o seu predileto e o tom preferido era o azul escuro se não me falha a memória; Queria poder estar por dentro e por fora de você; Mais era dificil demais de se deixar tocar.

Toda a madrugada pensava em te ligar, só pra dizer que havia ganhando meu dia inteiro só lembrando seu nome. Pensava também em pegar um táxi ir até o seu apartamento só pra ficar te olhando sem dizer uma palavra, digo olhar pra sentir aquele êxtase que seus olhos causavam. Sua beleza era daquelas de tirar o fôlego.


'' Sem esforço, cantou um canto novo e me encantou.''

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Inverno amar.go

'' E ainda com seu nome atrevessado na garganta, ardia de amores. ''
A despedida foi à tortura daquele inverno. Seus olhos pareciam me pedir socorro, meu corpo gritava pelo teu e eu tirando forças por dentre outras não sei de onde para exitar – não chamei teu nome. Sentir o nosso ultimo abraço como se tivessem arrancado algo de mim. Coração escancarado agonizava, pedia teu beijo, teu sorriso, tua canção. Mas não olhei pra trás, fui embora. Bêbada de lagrimas, peito descompassado, rasgado com uma imensa dor que ninguém curava. Tinha perdido aquele cara e sentia como se o ar tivesse me faltado. Uma espécie de buraco se alojou dentro do peito, ter dito adeus aquele amor era como um suicídio lento, havia me perdido. Seria talvez a certeza de que nunca mais conseguiria sorrir igual sem olhar aquela cara amarrada, o jeito meio bruto de me amar e o perfume do teu cabelo que sempre vem me acompanhar. Fiquei ali olhando a escuridão da lua e decidir entrar no mar, tomar um banho por dentro pra nunca mais voltar. Naquele momento foi a minha única fuga, não que o amor não tenha sido suficiente. Ele foi além e adormecera comigo.

Guardarei os bilhetes da mesa do bar e os beijos com gosto de café.
Eu fui sua, eu sou sua, serei eterna, serei eternamente tua.





domingo, 24 de julho de 2011

Clara


                                            '' Meu partido é um coração partido. ''


Era fim de julho e estava tudo sagrando por dentro do peito de Clara. Era tão nova e já tão sofrida, tinha na faixa de seus vinte anos e não sabia mais o que fazer com seu coração, calejado e machucado. Dormia o dia inteiro pra não lembrar o estrago que estava sua vida, seu vicio era os bares. Cigarro, vodca e uma agenda velha do lado pra depositar todas aquelas suas magoas acumuladas. Ela só queria matar o mundo, tinha muita coisa dentro dela que não saia. Pressa a uma vida que não queria que fosse sua, sempre chorava. Tinha gente que até achava que fosse louca, ela até que tentava ficar meio doida, talvez se a loucura te possuísse ela não lembraria o passado e começaria a aprender como se sorrir. Sua beleza ninguém sabe pra onde foi, ela não se embonitava mais e todos os espelhos da sua casa havia quebrado, dizia que a imagem refletida não era ela e sim uma coisa meio turva irreconhecível de se ver. Era difícil, talvez o que Clara precisasse mesmo fosse de uma força maior do que qualquer outra, para lhe fazer sair desse buraco fundo onde ela se jogou.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dance comigo




Sou viciada em ilusões, gosto do que não me convém por isso chegou pra mim.
Naquela tarde de terça meio fria, quando inventava algo novo pra me liberta. Coisa rara pro meus olhos cansados de coisas vulgares e sem magia. O que me encantou, foi esse seu jogo de mistério e todo o teu perfume de risco;

(...) Dizia meio que sorrindo: É perigoso nossos corpos muito juntos, mais nunca se afastava, preferia andar colado, segurando em minha nuca pedindo salvação.

Sem receio, fiz um pedido: Dança comigo?
Me olhou inteira e ficou um tempo sem dizer nada. Mais a madrugada já estava acabando e eu precisava acabar aquela noite ali com você na minha cintura. Eu preparei todo esse mês de agosto pra você chegar, não deixe que ele passe antes do amanhecer.  


A culpa não é nossa se temos algo em comum, que não é comum a mais ninguém. 


sábado, 4 de junho de 2011

Meu contidiano, meu vício


Entre mil copos acendo um cigarro, nunca havia fumado mais queria mudar de vício, me prender a outra coisa que não fosse seu corpo. O apartamento ficou vazio sem as suas fotos, tinha me livrado de tudo de você, menos de mim. Logo eu que era tão sua quanto às estrelas do céu, coisa assim não se desfaz. Mas não te procuro, a falta que eu sinto do seu beijo, sacio nos bares da cidade. Minha poesia virou verso de botequim. Nunca mais vou olhar em teus olhos e, no entanto sinto como se nunca tivesse partido. Virou musica preferida de todos os meus dias.

" Mesmo depois de conhecer vários e novos sorrisos, o dele ainda é o meu preferido! " CFA.


sábado, 26 de março de 2011

Só pra te lembrar



Que o que escrevo o vento não leve, quero que fique gravado em minha memória e no seu coração. Pode ser que amanhã eu acorde, e tenha desaprendido como é essas coisas de sentir e por o sentimento no papel. Ou quem sabe, eu esqueça o que é sentir, isso pode acontecer essa coisinha toda exotérica se bagunçar dentro de mim e eu me perder , até inspiração já ta me fugindo. Olhe só agora to aqui na esquina da rua onze escrevendo pra você na multidão de neve que se espalhou ao meu redor. Está frio aqui, mais meu coração ainda não congelou sinto que ele ainda lembra seu signo, mesmo você assim do outro lado, mesmo você ai com outro corpo colado. Se o recado chegar até você não se esqueça de me avisar. Nunca mudei de endereço pra você me encontrar.


Não tire férias de mim, eu ainda pertenço a você.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Era você


- Você é feliz?
- Tenho momentos de felicidade.
- E o que falta pra você ser plenamente feliz?
- Falta eu descobrir o que falta.

(Silêncio)

No meio do turbilhão todo da noite, eu já havia acabado a minha busca.
Era você que eu procurava.

Amor, era outra coisa (...)

 

'' Os dias de outono do seu lado foram de sorrir, mais já duramos muito tempo. Gosto do seu colo e sinto algo diferente pelo seus olhos. Nunca  soube muito bem o que era e até hoje não sei dizer ao certo, digo assim - dar nome. É só foi isso, tínhamos sintonia os nossos corpos correspondiam aos desejos e foi bom, era bom. Eu não costumo demorar muito no mesmo lugar. Perdão esquece de dizer, eu enjôo fácil de tudo: musica, coisas e de gente também. Talvez seja por isso que eu nunca tenha amado, não dou tempo, espaço pro amor chegar. É quem sabe não é isso? Amor não é pra mim, estou certa disso. E nem eu só pra você, tenho vários vícios e o maior deles é o da liberdade, ninguém nunca conseguiu me prender nem eu mesma. Nunca iria dar certo, nossas opiniões são sempre contrarias. Olha só agora, eu louca querendo ir e você louco querendo que eu fique. Nunca se apegue a nada, nem ao copinho de estimação. Quando sentir que algo parecido estar prestes a acontecer, compre uma dose de desapego no barzinho ali do lado sempre tem. Não se limite a mim, agente é do mundo.''


Amor, amor era outra coisa. Aquilo não, não dava pra ser;
Ou melhor, se eu fosse o par não iria dar em amor.

quinta-feira, 3 de março de 2011


O problema é só um.
Agente se perdeu.
No começo eu preparava tudo pra você, hoje em dia visto a roupa de segunda e no domingo vou te ver. Não te culpo, nem me culpo mais você se ausentou demais todo mundo precisa de alguém que te diga amar de verdade, até eu. Sempre sumia e quando aparecia era pra cobrar calor. Não nego? Gostava de sentir saudade, só que fiquei só demais, sentir falta demais. Deu espaço pra na sua ausência um novo encanto aparecer. To saindo do teu barco, vou remar pro lado contrario. Não me procure, não te procuro.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Meu bem

Sinto que é primavera época de novas flores, data propicia a chegava de novos ventos. Você até diz que eu desperto medo, seu olhar me diz o contrario ele transparece o que sua voz travada pelo calor do momento não consegue dizer – Fique, fique mais. Me abrace. Sei que não entende nada , o sentimento é novo e deixa a cabeça uma zona mais deixa ele fluir, em você em mim. Me divulga no teu coração e pare de se proteger do bonito da vida - o amor. Se já não tem mais jeito, se já não temos jeito. É você que eu puxo pra mim, que eu quero pra mim. Larga a mão do medo e segura na minha cintura, esquece a solidão meu bem o que te trago hoje é mais que isso. Amor e eternidade.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Despedida




- Seu moço eu to partindo, deixei a minha copia da chave do lado esquerdo da cama.
‘’Então não me ama mais?’’

- Amo. Mais to guardando esse amor, junto com todas as nossas fotos velhas na caixinha do armário ta tudo lá. Não pense que estou jogando ele fora, só não consigo amar sozinha. Sinta-se livre você é do mundo. Fique no coração de outra mulher, o meu traquei e joguei a chave fora. Der seu olhar a outro alguém do meu lado ele se ofusca. Você que se dizia tão romântico, nem sabe mais amar.

[Silêncio]

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Surreal


Sim, eu sei.Só se passaram treze segundos após nosso primeiro beijo. Mais eu ainda sinto o coração na mão. Parece loucura, sinto que já havia te tocado, te amado em outra vida. É algo surreal, mais não desconhecido. O seu cheiro essa coisa toda de se olhar, de sentir o peito dando pulinhos me fez adormece no calor dos teus braços e dali pra frente só acordei sorrindo, o sentimento é veloz.Você esta em mim, eu estou em você [...]

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quero tudo de você


O som da sua voz eu gravei, sempre coloco é ela que embala meus dias, o cheiro do seu cabelo virou essência é meu novo perfume agora.Escrevo mil frases e só sai teu nome. Quero tudo de você. Quero você de volta, seu sorriso que não vejo mais. Deixa eu te trazer felicidade ? Vou voltar ao nosso ultimo ponto de partida pra ver se te encontro, quero saber : Como faço pra te ter a vida inteira? Agora, te quero por inteiro sem metades, retalhos, pedacinhos. Queria até tatuar seu nome em mim, mais não havia lugar no meu corpo que não houvesse seu nome por escrito e pelo avesso.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Açucar e blues


Vivia faltando, açucar, você e blues.



 Não sabia decifrar, só sentia que me doia as tuas ausências. Vezenquando até chorava ouvindo Florence and Machine e lembrando teu nome; Meus amigos diziam que eu andava apaixonada por ter escrito milhões de vezes o seu nome no verso de cada materia do colegial; Já eu penso que não, lembro que dez do primeiro dia achei  o conjunto do nome dele bonito. E era , com toda certeza não havia igual. E como não posso chama-lo escrevo. Grito a minha saudade como posso, entre as linhas e o papel.


Eu nunca mais sentir saudade. Mas de você eu sentir (...)
E não era aquela coisa miuda não, era a grande falta. 
Virou coisa gradiosa nos meus pensamentos, devaneios.
Guarda, cuida meu coração agora é teu.



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Você, você.


Conseguio derreter o gelo da minha alma e isso nunca foi tão difícil. Eu me perdia tentando decifrar o que seu olhar queria me dizer, no fundo eu já sabia. Ele dizia me querer ainda mais no outro carnaval e eu custava a acreditar, o porque de alguém ser tão sol assim e ainda querer que eu fosse o teu céu em todas estações dos anos a mais. Não tinha cenário, nem nada que me fizesse pensar que aquilo tudo poderia ser algo irreal coisa de novela, filme mexicano que a felicidade e o amor vêm assim de bandeja nas mãos. Eu precisava acreditar na minha realidade de hoje que é você. Plantou sorriso em minha face, você. Não sei o que sinto, ainda não decifro, amor nunca sentir, será que é isso?
Preciso descobrir, mais só se for a dois.

Não era amor


Eu entrei em cena com você, tentei testar seu coração queria ter a prova máxima do seu amor. Fingir partir, arrumei as malas, dei meu adeus e até o ultimo beijo. Cheguei ao ponto de devolver todos os seus falsos presentes. Mais custei a acreditar no que ouvir sair de tua boca fria. Desconhecia, você.
- Eu to indo embora!
- Ficarei bem sem você.
(Silêncio)
Descobrir que não era amor e sim mera fantasia.